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Câmpus Viamão promove palestra para agricultores assentados

Tividini fala sobre políticas públicas

O Câmpus Viamão, do Instituto Federal (IFRS), promoveu no dia 26 de abril, a palestra intitulada "Políticas públicas para o fortalecimento da Agricultura Familiar e suas Cooperativas", ministrada pelo consultor técnico PNUD/FAO, Luís Fernando Tividini de Oliveira*. A atividade foi realizada para os 60 agricultores do assentamento Viamão que são alunos do curso de Formação Inicial Continuada em Agricultor Familiar, do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec). Participaram do evento, na sede do assentamento Filhos de Sepé, em Águas Claras, o diretor-geral Pro Tempore do Câmpus Viamão, Alexandre Vidor; a supervisora do curso, Márcia Da Pieve; e o professor do curso, Ricardo Augusto Felicetti.

No início, Vidor falou aos estudantes e membros da Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Reforma Agrária de Viamão (Coperav) sobre a implantação do câmpus e a oferta de cursos. "Vamos ampliar ainda mais os projetos aqui em Viamão, em um viés em que a escola vá até a comunidade". O diretor também colocou o câmpus à disposição.

Tividini abordou durante a palestra diversos assuntos, entre eles: a construção da agricultura familiar no Brasil; o cooperativismo; os modelos econômicos e a realidade agropecuária brasileira ao longo da história; e a transformação do campesinato para a agricultura familiar. Além disso, apontou avanços e reconhecimentos da agricultura familiar, como: a aposentadoria aos produtores rurais, a criação da declaração de aptidão ao Pronaf, a lei do agricultor familiar, a criação do PAA, a inclusão do PNAE, a lei de Ater e o orçamento Plano Safra. Apresentou os possíveis potenciais da agricultura familiar a médio e longo prazo, como: ser reconhecida e remunerada como referência na defesa de um ambiente sustentável; e a valorização de aspectos culturais ligados a culinária, hábitos, contato com a natureza, e tradições.

A aluna Solange Pietroski, pioneira e fundadora da cooperativa, espera que o curso transmita novos conhecimentos aos assentados. Para ela, "o curso é bom para aperfeiçoarmos o nosso trabalho. Vimos em aula a questão do remanejo do solo que é importante para nós".

Segundo Sidinei Pietroski, filho de Solange e estudante do programa, o curso de agricultor familiar é um momento de resgate ao estudo. "É um momento de oportunidade e de atualização para pessoas de todas as idades". Ele destaca como um momento importante do curso a abordagem de conteúdos ligados à informática, realizada na disciplina de Orientação Profissional e Cidadania.

Leonildo Zang, aluno do curso, acredita que a primeira turma de Agricultor Familiar irá despertar a vontade de estudar em muitas pessoas afastadas da escola. "Eu acredito muito na transformação da sociedade através da educação e da formação". E continua, "Tem gente aqui com mais de 40 anos fora da sala de aula. Voltamos aos tempos de fazer a educação no campo, sem precisar se deslocar até a cidade. Isso já é uma revolução", salienta. Zang também destaca a importância do curso como momento de integração e fortalecimento do grupo. "Só o fato de ter um grupo reunido e de dialogar já é importante".

Sobre o curso

O objetivo da qualificação é difundir e implementar boas práticas de fabricação de alimentos e gerenciamento das propriedades. A iniciativa é resultado da pactuação entre o IFRS, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Prefeitura Municipal e Coperav. Com carga horária de 200 horas, os encontros irão revezar tempo escola e tempo comunidade, conforme preconiza a pedagogia da alternância. No currículo, as necessidades dos agricultores são abordadas em disciplinas como Projeto Integrador, Noções Básicas dos Processos Agroindustriais, Gestão e Empreendedorismo na Propriedade Rural, Produção Vegetal, Produção Animal e Orientação Profissional e Cidadã.

* Tecnólogo em Cooperativismo pela UFSM (1999). Especialista em Psicologia Organizacional pela ULBRA/RS (2001), especialista em Geografia e Gestão Ambiental pela UNOCHAPECÓ (2007) e Mestre em Extensão Rural UFSM (2008), desenvolvendo estudo sobre os impactos das legislações vigentes na cadeia do leite da agricultura familiar. Consultor Técnico PNUD/FAO, perito em cooperativismo, prestação de serviços em consultorias e assessorias para o Ministério de Desenvolvimento Agrário nas áreas de gestão, comercialização e organização social para cooperativas da agricultura familiar. Possui experiências práticas e trabalhos desenvolvidos nas áreas de cooperativismo (urbano e rural), metodologias participativas, formação de redes solidárias, elaboração, acompanhamento e avaliação de projetos técnicos em associativismo, agroindústria e agricultura familiar.

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