O Câmpus Viamão, no dia 16 de março, promoveu a palestra Políticas Públicas e Institucionais para Ciência, Tecnologia e Inovação para os alunos dos cursos técnicos em Administração, Cooperativismo, Meio Ambiente e Serviços Públicos. Ministrada pelo pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFRS, Júlio Xandro Heck, a palestra faz parte do projeto do Câmpus Viamão "Autoconhecimento Profissional e o IFRS". Participaram do evento, o diretor-geral do Câmpus Viamão, Alexandre Vidor; o diretor de Ensino, Denirio Marques; o diretor de Administração e Planejamento, Sérgio Viana; a coordenadora do curso de serviços públicos, Tânia Aiub; e servidores do IFRS.
Na abertura, Vidor falou sobre a expansão da rede federal. " A expansão da educação tecnológica se abre em 2005 e agora chega em Viamão com a terceira fase. Hoje estamos em 522 campus no Brasil. Em 2005 quando iniciada a expansão estávamos em 140 unidades. Passamos de 102 mil matriculas, para hoje 1,5 milhão. Ou seja, foi uma verdadeira revolução da educação profissional e tecnologica a partir da necessidade de capacitar a sociedade brasileira. Somente com a elevação da escolaridade e capacitando as pessoas é que a gente pode atingir a emancipação, e a partir dela conseguir desenvolver os cidadãos e a sociedade de uma forma geral".
Sobre o início dos cursos técnicos no Câmpus Viamão, o diretor-geral falou sobre novas oportunidades. "Fico muito feliz em saber que muitos alunos do Câmpus Viamão estejam iniciando os seus estágios. E isso também é muito importante. Saber de que forma a gente pode estar se desenvolvendo como aluno desta instituição e de que forma a gente pode contribuir com a nossa sociedade, que é um dos grandes objetivos dos Institutos Federais".
Durante a palestra, o pró-reitor apresentou o ranking da produção científica e de inovação, como é realizada a pesquisa no Brasil, destacou a falta de protagonismo das empresas, falou sobre os Planos/Programas/Projetos governamentais (Políticas públicas), sobre legislações vigentes para Inovação e desenvolvimento tecnológico, sobre a Lei 10.973/2004 (Lei da Inovação) e a Lei 11.196/2005 - Lei do Bem.
Heck destacou que, segundo estudo, só 20% das médias empresas usam leis de incentivo à inovação. "Entre as causas apontadas estão o desconhecimento da legislação, a falta de preparo dos profissionais e dificuldade em interpretar editais e redigir projetos e a falta de apoio das instituições de ensino". Ele mostrou a política de inovação do governo federal, a estratégia Nacional para Ciência, Tecnologia e Inovação, os Setores do Futuro para a inovação tecnológica (ENCTI), o Plano Brasil Maior, e o Histórico de investimentos em P, D & I no Brasil.
O pró-reitor também falou especificamente sobre os Institutos Federais. "Entre as finalidades estão a geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e peculiaridades regionais, realizar e estimular a pesquisa aplicada e o desenvolvimento científico e tecnológico. E entre os objetivos estão realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade".
Salientou os IFs como local para Ciência, Tecnologia e Inovação, devido a boa relação com o mundo do trabalho e suas necessidades, possibilidade de inclusão de disciplinas conforme mudam as demandas da sociedade, substituição dos TCCs pela execução de um projeto ou confecção de um produto, professores qualificados e mais "ligados" ao mundo do trabalho do que ao "mundo acadêmico", alunos interessados em desenvolvimento tecnológico e inovação e boa infraestrutura de laboratórios.
Segundo Heck, 2,5% do orçamento de cada Câmpus deve ser destinado à Pesquisa (Resolução do CONSUP), o que corresponde aproximadamente a 2 milhões de reais por ano.
Ao final, os alunos e servidores contribuíram com perguntas e relatos.
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