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Câmpus Alvorada recebe representantes da Sociedade dos Surdos do RS (SSRS)

O câmpus Alvorada do Instituto Federal (IFRS) recebeu, no dia 10 de julho, representantes da Sociedade dos Surdos do Rio Grande do Sul (SSRS). O encontro teve como objetivo uma aproximação do Instituto Federal com a comunidade surda, e contou com a participação do presidente da SSRS, Alexandre Dale Couto, e dos diretores de Educação e Cultura da SSRS, Fabrício Mähler Ramos e Daniela Bered. Participaram da reunião os servidores do Câmpus Alvorada: o diretor-geral, Fábio Marçal; o diretor de Ensino, Guilherme Brandt; a intérprete de Libras, Cristina Laguna; a assistente social, Ademilde Prado; a assistente em Administração, Adriana Martins; e as professoras do curso de Tradução e Interpretação de LIBRAS, Renata Heinzelmann e Gisele Rangel.

Durante a conversa, Marçal falou sobre a expansão e sobre a proposta de educação profissional dos Institutos Federais. "Hoje na educação profissional existe espaço para atingir públicos que historicamente a educação não atingia. Por isso está sendo muito desafiador, importante e estratégico o curso técnico subsequente de Tradução e Interpretação de Libras. Queremos mostrar que temos que chegar em públicos que têm direito a educação, mas aos quais sempre foi negado este direito, como o caso da comunidade surda". E continuou. "Este contato é novo para o IFRS, mas a convivência com as professoras surdas e com a comunidade vai acelerar o nossso processo de aprendizagem. Tivemos concurso para professor de Libras no primeiro semestre de 2015, e em breve teremos mais um professor no Câmpus".

O diretor-geral destacou a importância da criação de um Grupo de Trabalho para discutir a inclusão dos surdos. "Temos muitas tarefas nas quais esse grupo pode nos ajudar. Precisamos mapear os surdos de Alvorada e identificar a escolaridade que eles têm. Daqui a pouco eles não conseguem chegar ao Câmpus Alvorada, pois a gente oferece ensino médio e eles buscam outra formação".

Para Brandt existe a preocupação em melhor atender os alunos surdos no Câmpus. "Queremos que seja um ambiente acolhedor. Com tradutores-intérpretes e estrutura para poder receber o aluno surdo".

Ademilde reforçou que todos os câmpus do Instituto Federal recebem estudantes surdos e que eles podem concorrer a vagas para cursos tecnicos e superiores. "A partir do momento que entra um aluno, é da política providenciar um tradutor-intérprete".

Couto relatou algumas dificuldades enfrentadas por ele. "Mesmo sendo minoria tentamos participar do máximo de oportunidades onde a gente possa falar dos nossos direitos. E muitas vezes tivemos que cancelar reuniões pela falta de interprete". O presidente da SSRS também salientou que alguns surdos iniciam a trabalhar, mas desistem e enfatizou a importância dos alunos se sentirem incluídos. "Acreditar nos surdos não é só abraçar uma causa, é também ouvir o que eles têm para dizer. Não é uma questão de caridade ou assistencialismo, é realmente estar envolvido com a comunidade e fazer com que ele se envolva também. Não é só abraçar uma causa, é lutar por ela".

Segundo Couto uma contribuição do IFRS seria na criação e edição de vídeos informativos para atingir a comunidade surda. Uma ideia que Brandt diz ser viavél, pois além do curso de Libras, está prevista a oferta do curso Técnico em Produção de Aúdio e Vídeo no Câmpus Alvorada. O diretor de Ensino também lançou a possibilidade de criação de um projeto de extensão que possa contemplar as necessidades apresentadas.

Ao final, o grupo agendou uma reunião para o dia 14 de agosto, às 14 horas, na qual será dada continuidade nas discussões e contribuições para uma parceria da SSRS com o IFRS.

 

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